terça-feira, 1 de março de 2011

treze

13 anos (treze)

Treze!
Eu gosto é de prosa, de prosa poética. Queria fazer para vos dar, uma coisa que vos agradasse.
Mas como posso eu com este 13? Se eu não compreender este mundo, de que falarei eu? O que verei quando me vir ao espelho?
Deduziram acusação ao fim de treze anos. Contra o principal suspeito. Contra o praticamente único suspeito. A procuradora fala em “reinvestigação”, em “solidificação dos indícios”. E eu pergunto-me sobre a sublimação da competência, as duas possíveis leituras; a da passagem directa do estado sólido ao estado gasoso, e a de se tornar-se simplesmente sublime (elevada, excelsa, eminente, eloquente…)
Vem o Sr. Bastonário e diz que o ministério público tem de se explicar; vem a procuradora e diz que se o Sr. Juiz quiser pode dizer alguma coisa, mas logo ali, avança que não há factos novos – que são os mesmos de há treze anos, agora reolhou-se e, e viu-se!
Sinto uma pressão nas têmporas e aquela sensação que vou sangrar pelo nariz…
Não me revejo a escrever estas coisas.
Eu gosto é das estações do ano, do grande ciclo que tudo regenera, gosto dos trovões, gosto da primavera. Mas, como posso eu olhar pela janela, este sobreiro aqui tão perto, não o vejo! Treze! Fica-me o zeeee do treze a repercutir no ouvido…
Depois vem um Sr. Responsável da polícia e diz qualquer coisa como que a distancia dos factos permitiu uma visão da coisa…
O aumento da pressão arterial pode também provocar estes zunidos, mas … não, este zeeeeeee… este zeeeeeeeee é do treze.

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